terça-feira, 10 de março de 2015

Flor de Lótus na Mitologia Grega

Flor de Lótus na Mitologia Grega

Na mitologia grega, os Lotófagos são um povo que vivia numa ilha perto do Norte de África e que como o nome indica, comiam plantas e flores de lótus. Estas plantas têm o efeito de um narcótico que causa um sono pacífico e também amnésia a quem as ingerir.
Na Odisseia de Homero, existe um episódio em que três homens são enviados para a ilha de forma a investigá-la. No entanto, por comerem as flores de lótus como os restantes habitantes, esquecem que têm que voltar para o barco. Mais tarde, Ulisses consegue resgatar os homens e teve mesmo que os amarrar ao navio para que eles não voltassem para a ilha. Através desta história, Homero demonstra toda a sua criatividade e conhecimento a respeito do ser humano, porque a amnésia causada pela flor de lótus é uma coisa que muitas pessoas desejam: a possibilidade de começar de novo, de renascer e apagar o passado.

sexta-feira, 6 de março de 2015

A vida começa onde termina a sua zona de conforto !


                                    A vida começa onde termina a sua zona de conforto !




A zona de conforto pode ser sedutora, irresistível, “familiar” e desastrosa. Pode ser definida como a nossa tendência a fazer o que é fácil, cômodo e conhecido, sem intenção de interromper ciclos viciosos e improdutivos ou de começar algo novo ou desafiador, que demande autodisciplina, motivação e comprometimento e que cause dispêndio extra de energia e nos tire da inércia.

A origem da palavra conforto vem do latim, cumfortare, e significa aliviar a dor ou a fadiga. Está associado a “um estado prazeroso de harmonia fisiológica, física e psicológica entre o ser humano e o ambiente”. É a nossa tendência de evitar os medos, a ansiedade ou algum tipo de desgaste. Tendemos a ficar num território onde podemos predizer e controlar os acontecimentos. Que pode garantir um desempenho constante, porém limitado e com uma pseudo sensação de segurança.

As causas mais frequentes que nos fazem ficar na zona de conforto são:
· Preguiça: Quando o indivíduo sente cansaço, falta de energia, apatia, desinteresse, depressão, ansiedade, culpa, desmotivação ou tudo ao mesmo tempo…
· Soberba: Quando ele não sente necessidade de aprender nada ou de aprimorar-se, por achar-se pronto, “brilhante” e perfeito (“síndrome do copo cheio”).
· Medo: Quando tem receio de enfrentar os próprios medos: medo do desconhecido, dos riscos, das incertezas, do que pode acontecer, de perder controle ou do que os outros possam pensar.
· Miopia: Quando não se têm claros os impactos e as consequências de algumas atitudes e comportamentos em nossas vidas, no médio e longo prazos.

E quais as consequências de ficarmos neste estado letárgico, reativo e confortável? Várias…
· Desperdício do próprio talento: que é um processo de auto-sabotagem… Apesar da pessoa ter muito potencial, não consegue otimizá-lo nem transformá-lo em performance (como uma mina de diamantes lacrada, inexplorada e improdutiva).
· Impactos negativos na carreira, na imagem e na empregabilidade: ao invés da pessoa ter uma carreira ascendente e bem sucedida, fica estagnada ou até involui profissionalmente.
· Pode acarretar prejuízos à saúde (sedentarismo, obesidade ou dependência química), ao intelecto (perda de memória, de raciocínio e de agilidade mental), à psique (imaturidade, dependência, insegurança e áreas cegas) e à dimensão espiritual (falta de altruísmo, de senso de propósito e da capacidade de ajudar as outras pessoas).
· Pode fazer com que invistamos pouco no nosso autodesenvolvimento, que está ligado a aprender, a mudar nossos comportamentos, a evoluir e a buscar nosso sucesso.



Para finalizar, algumas dicas para não ficarmos na nossa zona de conforto e sermos pessoas realizadas, equilibradas e bem-sucedidas :
· Sonhem grande!
· Sejam muito competentes e comprometidos em tudo que fizerem.
· Sejam muito curiosos, nunca parem de estudar e aproveitem ao máximo os cursos que fizerem;
· Leiam MUITO;
· Façam intercâmbio no exterior (trabalho ou estudo);
· Façam parte de alguma entidade na sua área/ faculdade/ sociedade;
· Fiquem completamente fluentes em inglês e espanhol;
· Preocupem-se com a imagem que projetam para os chefes, clientes, fornecedores, colegas, professores, etc;
· Pratiquem esportes coletivos/ aventura;
· Façam trabalhos voluntários;
· Administrem seu tempo e sua energia com sabedoria (prazer + dever);
· Tenham lazer muito saudável e gratificante.

Sandra Betti é sócia-diretora da consultoria MBA Empresarial .

terça-feira, 3 de março de 2015

O Arquétipo de Mulheres Curadoras

Segundo Clarissa Pínkola, em sua obra eternizada Mulheres que correm com os lobos,o arquétipo do grande curador contém sabedoria, bondade, conhecimento, solicitude e todas as outras qualidades associadas a quem cura.
Para aprofundar o conhecimento deste arquétipo que rege o feminino sagrado, tanto na mulher quanto no homem, transcrevo abaixo este maravilhoso artigo, publicado por Mani Alvarez com o nome de Mulheres Curadoras. Verdadeiras e sábias palavras arranjadas numa sinfonia de parágrafos sobre a evolução do trabalho das curandeiras no mundo atual! Salve Grande Mãe Natureza, Pachamama, Elementais, Devas, Consciências Minerais, Cristalinas, Vegetais e Animais! Salve Mãe Terra, pois tudo o que representamos em nome da Cura e do Amor é a Centelha Divina como espelhamento de tua grandiosa Consciência de Luz! Somos Todos Um! ;)
“Erveiras, raizeiras, benzedeiras, mulheres sábias que por muito tempo andaram sumidas, ou até mesmo escondidas. Hoje retornam com um diploma de pós-graduação nas mãos e um sorriso maroto nos lábios. Seu saber mudou de nome. Chamam de terapia alternativa, medicina vibracional, fitoterapia, práticas complementares…são reconhecidas e respeitadas, tem seus consultórios e fazem palestras.
As mulheres curadoras fazem parte de um antigo arquétipo da humanidade. Em todas as lendas e mitos, quando há alguém doente ou com dores, sempre aparece uma mulher idosa para oferecer um chazinho, fazer uma compressa, dar um conselho sábio. Na verdade, a mulher idosa é um arquétipo da ‘curadora’, também chamada nos mitos de Grande Mãe.
Não tem nada a ver com a idade cronológica, porque esse é um arquétipo comum a todas as mulheres que sentem o chamado para a criatividade, que se interessam por novos conhecimentos e estão sempre a procura de mais crescimento interno. Sua sabedoria é saber que somos “obras em andamento’, apesar do cansaço, dos tombos, das perdas que sofremos… a alma dessas mulheres é mais velha que o tempo, e seu espírito é eternamente jovem.
Talvez seja por isso que, como disse Clarissa Pinkola, toda mulher parece com uma árvore. Nas camadas mais profundas de sua alma ela abriga raízes vitais que puxam a energia das profundezas para cima, para nutrir suas folhas, flores e frutos. Ninguém compreende de onde uma mulher retira tanta força, tanta esperança, tanta vida. Mesmo quando são cortadas, tolhidas, retalhadas, de suas raízes ainda nascem brotos que vão trazer tudo de volta à vida outra vez.
Por isso entendem as mulheres de plantas que curam, dos ciclos da lua, das estações que vão e vem ao longo da roda do sol pelo céu. Elas tem um pacto com essa fonte sábia e misteriosa que é a natureza. Prova disso é que sempre se encontra mulheres nos bancos das salas de aula, prontas para aprender, para recomeçar, para ampliar sua visão interior. Elas não param de voltar a crescer…
Nunca escrevem tratados sobre o que sabem, mas como sabem coisas! Hoje os cientistas descobrem o que nossas avós já diziam: as plantas têm consciência! Elas são capazes de entender e corresponder ao ambiente à sua volta. Converse com o “dente-de-leão” para ver… comunique-se com as plantas de seu jardim, com seus vasos, com suas ervas e raízes, o segredo é sempre o amor. 
Extraído do blog :https://wohaliterapias.wordpress.com/2015/02/10/o-arquetipo-da-curadora-na-atualidade/

Alguns conceitos fundamentais da Psicologia Analítica de Carl G. Jung



A Consciência é definida como a parte da personalidade da qual temos conhecimento. O inconsciente, referente à tudo que desconhecemos em nossa psique, é formado por 2 partes : Inconsciente Pessoal e Inconsciente Coletivo.

O Inconsciente Pessoal reporta-se às camadas mais superficiais do inconsciente, onde se escondem as experiências rejeitadas pelo “Eu”, e consequentemente, reprimidas ou desconsideradas, como lembranças penosas, conflitos pessoais ou morais. Ali estão ocultos inúmeros traços de nossa personalidade que nos desagradam, e por tal, são por nós ignorados.

Os conteúdos do Inconsciente Pessoal, via de regra, tem fácil acesso à consciência, quando tal se faz necessário.Eles encerram também os Complexos, aglomerados de sentimentos, pensamentos e lembranças carregados de forte potencial afetivo, incompatíveis com a atitude consciente. Eles retém a Energia Psíquica, não a deixando fluir.

Qualquer experiência que tocar os Complexos provocará uma reação exacerbada, com força própria, que pode atuar de modo impetuoso e veemente no controle de nossos pensamentos e comportamentos.São como pequenas personalidades autônomas, separadas da personalidade total, razão pela qual se diz que “uma pessoa não tem um complexo, mas este é que a tem “. Apenas os outros o percebem.

Embora a Energia Psíquica aprisionada possa gerar sintomas de caráter patológico, por vezes representando um obstáculo ao ajustamento do indivíduo, o Complexo não é necessariamente patológico, podendo até vir a ser uma fonte de inspiração, numa manifestação artística, por exemplo.



O Inconsciente Coletivo é o depósito das “imagens primordiais”, que nos remetem ao mais primitivo desenvolvimento da psique.

Essas imagens, herdadas de nosso ancestrais, nossos antecessores humanos, pré-humanos e animais—são predisposições ou potencialidades no experimentar e no responder ao mundo, comportamentos, reações e memórias inconscientes que carregamos do passado, como um elo que liga-nos a nossos mais remotos antepassados.



Os conteúdos do Inconsciente Coletivo são denominados “Arquétipos”, definidos como “formas sem conteúdo que representam apenas uma possibilidade de percepção e ação “(Jung).

São universais—todos herdamos as mesmas imagens arquetípicas básicas, que serão preenchidas por nossa experiência consciente. Assim que o bebê toma contato com a figura materna, a imagem pré-formada de “mãe” é amplificada, sendo agora definida pela aparência e comportamento da mãe verdadeira e pelas experiências que terá com ela ao longo da vida.

O Arquétipo é o núcleo do Complexo.Ele atrai para si experiências significativas a fim de formar o Complexo, tornando-se suficientemente forte para constituir o centro de um complexo bem desenvolvido, e assim poder se expressar na consciência e através do comportamento.

Existe um número inimaginável de Arquétipos : pai, mãe, herói, criança, Deus demônio, nascimento, morte, renascimento, sábio, embusteiro, sol, lua.



Quando um indivíduo inicia um processo de análise, a energia aprisionada em um determinado complexo, gerando sintomas, será liberada e posteriormente direcionada para o si-mesmo, o centro e a totalidade do que somos, a nossa essência, o centro de nossa personalidade. 

Desta forma, o complexo do “Eu”, o mediador entre o inconsciente e o consciente, e entre nós e o mundo que nos rodeia, poderá servir com respeito e fidelidade ao si-mesmo, cuja visão é infinitamente maior do que a limitada visão do “Eu”.
O “Eu” ou Ego, é um termo usado por Jung para representar o complexo que constitui o centro da consciência.