ARTETERAPIA
Arteterapia é um processo terapêutico que se serve do recurso expressivo a fim de conectar os mundos internos e externos do indivíduo, através de sua simbologia. Variados autores definiram a Arteterapia, todos com conceitos semelhantes no que diz respeito à auto-expressão. É a arte livre, unida ao processo terapêutico, que transforma a Arteterapia em uma técnica especial. Segundo a Associação Brasileira de Arteterapia, é um modo de trabalhar utilizando a linguagem artística como base da comunicação cliente-profissional. Sua essência é a criação estética e a elaboração artística em prol da saúde.
O que é a arteterapia, e como ela pode melhorar a vida das pessoas?
Embora antiga, foi reconhecida como tratamento auxiliar da Medicina apenas no século XX. Consiste no uso da escultura, pintura e outras formas de expressão para o autoconhecimento, o controle de sintomas e o tratamento de problemas e doenças. A atividade criativa e a relação que estabelece com ela e com o arteterapeuta é que permitem à pessoa se conhecer melhor e evoluir.
A arteterapia utiliza o desenho, a pintura, a escultura, a modelagem, o teatro, a dança e outros recursos de expressão para o autoconhecimento, a suavização de sintomas e o tratamento de problemas e doenças.
Enquanto em outras formas de tratamento, como a Medicina, o paciente relata ao profissional que o está atendendo o que o incomoda ou aflige, na arteterapia ele as expressa por meio de uma ou mais atividades artísticas de sua preferência. O processo de criação e a relação que estabelece com elas e com o arteterapeuta é que vão lhe permitir se conhecer melhor e evoluir. A cada desenho ou modelagem, o conteúdo da pessoa toma forma e ela sente que pode transformar suas aflições e suas angústias em cor e movimento, em arte. Assim, suaviza e aprende a relativizar padrões que antes aprisionavam, descobre que pode criar novas maneiras para lidar com os problemas. A arteterapia é um tratamento auxiliar da Medicina, como a fisioterapia e a acupuntura, entre outros. Seu uso é reconhecido pela Asssociação Médica Brasileira e pela Associação Brasileira de Medicina e Arte como terapia coadjuvante. O austríaco Sigmund Freud (1856-1939), criador da Psicanálise, já apontava o papel da arte no processo terapêutico. Mas foi o psiquiatra suíço Carl G. Jung (1875-1961) quem, no começo do século XX, começou a usar a arte como recurso terapêutico com os próprios pacientes. Também colaborou para o estabelecimento da arte na terapia o pediatra e psicanalista inglês Donald Winnicott (1896-1971). Dois pioneiros no Brasil, na primeira metade do século XX, foram o médico Osório César e a psiquiatra Nise da Silveira(1906- 1999), que desenvolveram seu trabalho em hospitais psiquiátricos. Hoje é usada em todo o mundo e ganha mais espaço também aqui.
O tempo de tratamento varia de acordo com a necessidade de cada um. Ocorre tanto individualmente quanto em pequenos grupos. Pode ser usada por qualquer um que queira se aperfeiçoar e rever problemas como baixa auto-estima, dificuldades de relacionamento interpessoal, angústia, estresse e ansiedade. Pode aliviar sintomas de doenças, como câncer e vitiligo, e promover mais qualidade de vida. É usada também no tratamento de crianças e adolescentes hiperativos ou com dificuldade de aprendizado. Além disso, é recomendada, entre outras situações, na recuperação de quem sofreu traumatismos ortopédicos ou cerebrais. São infinitas, portanto, as possibilidades oferecidas pela arteterapia.
Artigo : Yasmin Assad
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