FREUD X JUNG III
"Meu caro Jung, prometa-me nunca abandonar a teoria sexual. É o que importa, essencialmente! Olhe, devemos fazer dela um dogma, isto é, um baluarte inabalável.” Ele me dizia isso cheio de ardor,como um pai que diz ao filho: “Prometa-me uma coisa, meu caro filho: vá todos os domingos à igreja”. Um tanto espantado, perguntei-lhe: “Um baluarte contra o quê?” Ele respondeu-me: “Contra a alma negra do ocultismo!” O que me alarmou em primeiro lugar foi o “baluarte” e o “dogma”: um dogma, isto é, uma profissão de fé indiscutível surge apenas quando se pretende esmagar uma dúvida, de uma vez por todas. Não se trata mais de um julgamento científico, mas revela somente uma vontade de poder pessoal.
- "As avaliações da ruptura Freud-Jung variam grandemente. Alguns adeptos leais de um ou do outro lado vêem a ruptura como resultando no fato de se haver preservado a pureza de idéias (Glover, 1950; Adler, 1971). Outros consideram catastrófico o que aconteceu, vendo a Freud e Jung como tendo exercido uma influência de equilíbrio um sobre o outro, uma influência que, portanto, estava perdida (Fordham, 1961).
Freud e Jung são reconhecidos como escritores cujas obras partiam de perspectivas de duas visões do mundo diferentes
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